Sexta-feira, 13 Setembro 2024

#informaçãoSEMfiltro!

Só os burros é que não mudam!

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Esta afirmação, imortalizada um dia por Mário Soares, não podia estar mais correta e atual.
Ainda que 43% dos portugueses leiam jornais, apenas 30% destes os compram, e por isso, a imprensa escrita está, neste momento, obrigada a mudar.

Fruto de décadas de decadência sem ninguém fazer nada e onde, só na última década, todas as publicações viram as suas vendas cair, no melhor cenário, para cerca de um terço. Um estudo do ISCTE afirma, inclusive, que a inação da imprensa escrita levará à sua extinção até 2029.

Por tudo isto, e porque “a indústria dos jornais está entre os setores mais afetados pelo desenvolvimento dos canais digitais”, ouvimos constantemente que “é bem provável que os jornais em papel não durem muito mais tempo”, ou que “muito dificilmente os jornais em papel não sobrevivem a mais uma geração”.

No entanto, um estudo da ERC demostra que 99% daqueles leem notícias na internet, procuram apenas aquelas que são gratuitas, não trazendo assim qualquer retorno financeiro às publicações. E neste particular, os culpados foram mesmo os próprios jornais, que após uma fase de luta infantil para ver quem dava a notícia primeiro, ou quem tinha mais partilhas nas redes sociais, não só baixaram drasticamente a qualidade (depressa e bem, há pouco quem…), como demoraram a perceber que a gratuitidade não paga contas, entrando rapidamente numa espiral autodestrutiva.

Passamos por isso a ver duas coisas na imprensa escrita nacional e regional.

Por um lado, a mesma notícia em todas as publicações, numa lógica “copy and paste” das notas de imprensa que chegam às redações, ou do take da Lusa.

Por outro, um sem número de fretes e jeitos à classe política, onde a cada eleição, caso o “chef” mude, se efetuam os flic flac’s à retaguarda, alterando toda a linha editorial para estar de acordo com os novos amigos.

Esta é assim, a realidade que todos sabem, todos fingem não saber, e todos têm vergonha em admitir.

Claro que depois, nenhuma das duas hipóteses leva à venda de jornais ou ao interesse do leitor.

Mas os jornais em papel não vão acabar! E não vão acabar porque a maioria dos portugueses, mais de 80%, continuam a preferir os jornais em papel. Tem é que ser feita alguma coisa.

Sendo este, um problema transversal a todas as publicações, obviamente que afeta também a nossa. E por isso promovemos algumas alterações no projeto, que esperamos proveitosas e ganhadoras.

Não queremos abandonar o papel e lutaremos para que resista e subsista ao longo dos tempos.

Estamos certos e cientes da necessidade de acompanhar a revolução digital, que acontece a uma velocidade estonteante, mas onde o homem e a AI podem, e devem, coexistir.

Ao mesmo tempo, não abdicamos da nossa identidade e da nossa independência, porque acreditamos que a função do jornalismo não é procurar o cinzento, nem camuflar o que não interessa, mas é relatar o que acontece com verdade e rigor, assente na velha lógica popular de que “amigos, amigos, mas negócios à parte”.

Passaremos a contar com mais de 30 cronistas, das várias forças políticas e dos mais variados quadrantes profissionais e da sociedade civil.
Continuaremos a dar, como acontece desde a nossa fundação, espaço a todas as forças políticas eleitas para a Assembleia Municipal do nosso concelho.

Realizaremos entrevistas com quem marcou o passado, decide o presente, pensa o futuro, intervém, defende e eleva a nossa região.
Faremos reportagens com pessoas e instituições cujo trabalho e méritos, equilibram e estruturam a nossa sociedade, mantendo-nos próximos e tornando-nos parceiros, das nossas associações e coletividades.

Desta forma, a nossa publicação passará a contar com uma presença online revigorada, onde poderá ler e ouvir todas as notícias, reportagens, entrevistas e artigos, com conteúdos diários exclusivos para os nossos leitores e assinantes, aliada a uma nova abordagem às várias redes sociais, tentando adaptar cada uma delas às várias faixas etárias que as utilizam.

A nossa edição em papel, passará a estar em banca, mensalmente, ao dia 20, com uma imagem reformada, maior e com melhor conteúdo. Queremos que o nosso leitor disfrute, se informe e adquira conhecimento em cada uma das nossas páginas. Pretendemos que, daqui por muitos anos, as nossas publicações sejam ainda fonte de informação e relato do que hoje se passa.

Haverá depois um vasto número de publicações extra, que acontecerão sempre que se justificar.

Teremos ainda o nosso podcast, onde poderá ouvir, na integra, entrevistas e notícias.

Acreditamos que esta simbiose entre o papel e o digital, aliando as redes sociais e o podcast, darão aos nossos leitores e patrocinadores uma nova dimensão, muito mais vantajosa e duradora.

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