No dia 20 de maio, o Instituto da Segurança Social (ISS) comunicou que têm de diminuir o número de beneficiários do Programa Operacional de Apoio a Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), de 120 mil para 90 mil. Serão pelo menos 30 mil pobres a deixar de receber estes apoios.
Numa notícia avançada pelo Jornal de Notícias, pode ler-se que o Governo confirma que, atualmente, serão 110 mil as pessoas que cumprem os critérios para beneficiar do Programa e que o objetivo é continuar a reduzir. No entanto, continuam a existir várias famílias em situação de carência em lista de espera para receber os cabazes alimentares, que cada vez têm menos produtos devido ao aumento dos preços dos bens essenciais. Foi referido que dos 21 alimentos que integram o cabaz, as famílias receberam oito em maio. A justificação do ISS para a escassez de alimentos no cabaz prende-se com a falha de um dos principais fornecedores, que não terá entregue os produtos no mês passado, alegando alterações provocadas pela instabilidade que se vive devido à guerra.
Segundo o ofício do ISS a que o Jornal de Notícias teve acesso, comprovou-se uma “evolução favorável da situação epidemiológica” no país e “uma progressiva normalidade em geral” fazendo assim uma reavaliação trimestral dos destinatários do POAPMC, tendo como finalidade verificar se as pessoas abrangidas mantêm os requisitos, nomeadamente se se encontram em situação de desemprego.
O objetivo do Executivo será regressar ao número de beneficiários do programa que existia antes da pandemia, que rondava os 30 mil, e o Ministério da Segurança Social garantiu que irá repor de “forma gradual” os alimentos em falta nos cabazes alimentares desde setembro.