Sábado, 9 Dezembro 2023

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São Gonçalo: Mais de 350 anos de tradição de cabeça no ar

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As celebrações das festas de S. Gonçalo que deveria ter saído no mês de janeiro foi impossível de ser realizada devido ao Covid-19. E desde 2020 que a festa não saia à rua, mas este ano a organização em sintonia com a Autarquia, arranjaram uma data alternativa, e o santo vai sair à rua do dia 27 de março.

Devido às voltas e reviravoltas das datas devido ao Covid – 19, finalmente chegou-se a um consenso e a data do São Gonçalo vai ser celebrada numa data diferente da do usual, dos anos anteriores, uma vez que já estava na agenda dos organizadores, e “se a pandemia o permitisse”. A Sede encontra-se junto à torre do teleférico, ao pé do restaurante bacalhoeiro, mesmo em frente à torre do teleférico. Está nesse lugar há mais de 52 anos.

Agostinho Gomes, presidente da Associação dos Mareantes do Rio do Douro, avançou ao Jornal de Notícias “que voltará a calcorrear as ruas de Gaia”, e tudo a que a festa tem direito, “os bombos e as caixas” da associação. A festa é sempre muito concorrida e este ano estão esperados muitos populares, que se vão juntar à festa, durante o percurso.

Segundo avançou ao Gaia Semanário, Agostinho Gomes, esta tradição tem mais de 350 anos, inicialmente era celebrada uma festa para a canonização de S. Gonçalo, mas não foi possível, e foi beatificado.

Nos dias de hoje a romaria sai às oito da manhã na Srª da Piedade, na beira-rio, e “vamos pela marginal pela parte de gaia até ao castelo” de gaia, seguem pela rua Viterbo de Campos, e sobem a rua de S. Marcos, e eis que surge o castelo. “Deslocamo-nos até ao Jumbo”, perto do Arrábida Shopping, fazemos uma pequena paragem e somos acolhidos pelo vizinho Sporting Clube Candalense, e é-lhes servido um lanchinho. Depois vão a Coimbrões, “seguimos a Latino Coelho, e vamos pelo bairro do Marco, e é o ponto mais alto da manhã”.

Depois regressa-se à associação para comer umas tripas à moda do Porto. Depois “subimos Cândido dos Reis, fazemos uma paragem na Junta de Freguesia e outra paragem na Câmara de Gaia, mas este ano temos que entrar em contato com a Câmara devido à Covid-19”. Há três anos a esta parte a Câmara recebia-nos, mas agora temos de entrar em contato com a Câmara, devido às medidas do Covid-19.

Vão à antiga feira de Santo Ovídio e por volta das cinco horas saem, “fazemos o encontro com outro grupo”, o grupo dos santos, e “transportamos” a cabeça do S. Cristóvão, a imagem de S. Gonçalo, e acompanhas a figura de S. Roque também faz as vénias.

As comissões da Rasa usam a cabeça de S. Gonçalo, a imagem de S. Cristóvão, a figura de S. Roque, as três imagens, fazem as vénias, antes de entrarem na igreja, a cabeça de S. Gonçalo tem de entrar de costas e nariz virado para a porta, “para que o ritual sem cumpra”. As pessoas começam com vénias à cabeça de S. Gonçalo e os cânticos também fazem parte do ritual, e entoando cantares dizendo: “ela é nossa, ela é nossa ei, ei, ei”.

Depois destes cânticos descem a rua 14 de outubro, passam pelas águias de Gaia, onde lhes são oferecidos mais uma bebida. Fazem-se festas e toca-se mais um bocadinho. Normalmente junta-se a Câmara e a Junta de Freguesia de STª Marinha. O presidente da Assembleia discursa e os homens dão as vivas e toca-se mais um pouco. “Este é o ponto alto desta celebração”, afirma com satisfação o Presidente Agostinho Gomes.

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