João Paulo Correia, candidato a deputado da Assembleia da República, este à conversa com o Gaia Semanário onde elencou as principais linhas orientadoras da candidatura do PS às legislativas 2022.
João Paulo não inibiu ou conteve nas palavras quando defendeu o seu partido e o seu líder António Costa. Referiu vários pontos sensíveis desde o SNS, a empregabilidade dos jovens, a justiça e a habitação. O mesmo referiu que “O PS quando se elegeu em 2019 pretendia governar com a mesma estratégia. O Bloco de Esquerda em 2020 e votou contra o Orçamento de Estado, e voltou a votar contra o orçamento de Estado em 2021, para o ano 2022”.
Falou da maioria absoluta, não sendo uma solução, mas que essa via pode trazer “uma estabilidade económica”. “Mas tudo está em aberto”, referiu.
Apesar da pandemia o país teve um crescimento e “somos dos países da União Europeia um mais vai crescer”, salientou também o investimento estrangeiro em Portugal e referiu o investimento que vai ser feito em Vila Nova de Gaia na Madalena, com o Parque Tecnológico, gerador de muito emprego.”
O rendimento das famílias cresce ano apos ano. O lema da campanha é continuar a avançar. O SNS e a Escola pública, entre 2016/2017/2018/2019, “houve melhorias neste setor, e foi fundamental o investimento no SNS para poder dar resposta à pandemia de 2020, até hoje”.
O caso TAP, “não é fácil abordar este tema”. Mas “deixar cair a TAP seria desastroso para todos. Se o governo tivesse deixado a TAP ir abaixo, e não é exclusivo da TAP, todas as companhias do setor da aviação pública, a TAP não se pode comparar à Lufthansa, se tivéssemos deixado cair a TAP, o universo trabalhador da TAP tinha que ser indemnizado, teriam que receber subsídios de desemprego, as empresas que trabalham diretamente com a TAP, a TAP, não conseguiria pagar os impostos, a TAP tem tudo para dar lucro, provou que tem condições para ser lucrativa, e se privatizar será nos valores que foram investidos na TAP”.
“Temos que confiar no ministério publico e nas comissões parlamentares, e eu também sinto-me mal com esse tipo de noticias, pois descredibiliza quem anda nesta vida”.
O SNS
Saúde, “o futuro do SNS deve seguir a tendência dos últimos anos, por vezes no nosso estado social e é um estado social forte. Esta crise impactou em todo o mundo, e se tem havido pais que tem respondido bem a esta pandemia, esse país é Portugal. Houve contratação de mais profissionais, podendo responder com eficácia à pandemia. Desde 2016 até 2019, houve um reforço no SNS, e não só ao nível da infraestrutura, traduziu-se na contratação de mais profissionais. Em 2019 houve um novo reforço, e em 2020, com a chegada da pandemia fez-se um novo reforço, e em 2021 no orçamento de estado para 2022, vem previsto mais um novo reforço”, mais profissionais, mais hospitais, mais centros de saúde, melhores cuidados de saúde, isto é um trabalho contínuo, se comparar o SNS de 2015 e 2022, hoje há mais de 28 mil profissionais. Os centros de saúde que foram construídos em Vila Nova de Gaia. O hospital de gaia tem sido essa resposta”.
Também falou sobre o emprego, referindo-se que “há questões essenciais para os jovens e sua emancipação, o emprego, com contrato sem termo”. Os jovens na sua vida ativa tenham mais dinheiro, “no orçamento de estado para 2022, estava previsto isto “que os jovens fizessem poupanças”. Outro assunto é a habitação, o acesso à habitação, “tem um peso elevado nas famílias”. “Os custos da habitação tem acrescido acima do salário mínimo” em algumas zonas do pais, “o governo quando aumenta o salario mínimo é para que os jovens possam ter habitação própria”.
“A lei Cristas veio trazer a liberalização das rendas e facilitou mais os senhorios do que os inquilinos. Os vistos gold, o alojamento local, e o investimento estrangeiro e veio inflacionar o valor das rendas.
Esta pandemia permitiu que a UE adotasse uma estratégia diferente da anterior, “permite ao país o Plano de Recuperação e Resiliência, temos os quadros de apoio pt 2020 e estamos a iniciar o pt 2030, cerca 14 mil milhões de euros”. Está contemplado no PRR o apoio da renda acessível, e a construir não do modelo de habitação social, hoje não queremos esse modelo, outro modelo que vai permitir a construção de habitação digna, e o valor da renda é abaixo do valor que se tem praticado.
O problema da habitação hoje é diferente da do passado, a classe média e media baixa tem sentido isso. A habitação é prioridade. “Isso faz com que os valores das rendas diminuam.”
Apelo ao voto
“O PS merece a confiança dos eleitores não só no período do covid-19, mas fora da pandemia, o SNS soube dar essa resposta. Recuperação da economia em 2021, olhar para os números do emprego, o investimento estrangeiro, que é credível sobre a nossa economia, temos ouvido os partidos mais à direta dizer que a nossa carga fiscal é elevada, mas o que é certo é que está abaixo da média da EU. O IRS desceu, o IRC desceu, todos estes ataques caiem por terra, é uma governação credível, e para os nossos investidores estrangeiros.” Termina desta forma João Paulo Correia.