O elevador que vai ligar a Feira dos Carvalhos e a Estrada Nacional 01, em Pedroso, deverá estar a funcionar “dentro de meio ano”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca falava no final da reunião de câmara, onde foi aprovada por unanimidade, a proposta que visa a instalação do elevador, com o valor de cerca de 160 mil euros.
“Daqui a meio ano [as ligações mecânicas] ficam prontas nos Carvalhos”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.
Em causa está um projeto global no valor aproximado de 2,4 milhões de euros e que inclui o arranjo do espaço e a envolvente, nomeadamente até ao futuro Centro de Saúde, conforme foi descrito por esta autarquia em fevereiro de 2020.
“A feira só ocorre uma vez por semana e o espaço tem de ser funcional no resto do ano. Estamos ali a criar um grande espaço de lazer e aproveitamos a oportunidade para realinhar o espaço envolvente”, disse no ano passado o presidente da Câmara de Gaia.
A sessão camarária de segunda-feira ficou ainda marcada pela aprovação unânime de 81 apoios a arrendamento, no valor de 140 mil euros, para famílias com carências económicas.
Foi dada igualmente luz verde ao arranque da última fase de arranjos exteriores dos empreendimentos de Vila D’Este, um projeto com valor total de 2,3 milhões de euros.
Outro dos temas que mereceu destaque e discussão prende-se com o contrato de arrendamento do edifício onde está instalado o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), local no centro do concelho onde antes estava instalada a Escola Superior de Saúde que passou para o Porto em 2017.
O IEFP está instalado nesse espaço há seis anos sem pagar renda, tendo hoje sido aprovada uma renda mensal de 35 mil euros, um valor que o vereador do PSD Cancela Moura questionou por se recordar que outros mais altos estiveram em cima da mesa.
Em resposta, o presidente socialista Eduardo Vítor Rodrigues admitiu que o processo com a tutela, a quem cabe pagar a renda, foi alvo de uma “negociação duríssima”.
O PSD também quis saber se serão pagos retroativos, tendo o líder do executivo dito que “lamentavelmente não”.
“Do ponto de vista ético deviam pagar e ponto final, mas do ponto de vista jurídico fica esse período [o anterior ao contrato agora aprovado] em modelo de comodato. Foi uma negociação duríssima”, reforçou Eduardo Vítor Rodrigues que concordou com Cancela Moura na observação de que “às vezes as autarquias parecem estar a subsidiar o Estado”.
A proposta foi aprovada com a abstenção do PSD e terá de ser novamente discutida em Assembleia Municipal.