Manuel António Ribeiro
Presidente da AMARGAIA
2.º mandato de Marcelo Rebelo Sousa
A história diz-nos que cada mandato tem o seu registo e o seu percurso imprevisível!
Esta semana Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse para o seu segundo mandato.
Um percurso académico notável e reconhecido pela sociedade, ajudou também (mas não só), ao desempenho do seu primeiro mandato.
Um mandato pautado pelo apoio institucional ao governo, em prol da estabilidade política e governativa, bem como com uma forma diferente de representar o cargo de Presidente da República.
Com um estilo mais próximo do povo, permitindo uma aproximação ao seu exercício e rompendo claramente com o formato do anterior Presidente da República.
Adorados por uns e criticados por outros pela sua forma humana de se relacionar com os cidadãos, trouxe claramente uma nova forma de ver e exercer a mais alta função de estado!
Fruto da pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa, não atinge os índices de popularidade previstos antes da pandemia. Pois estou certo, que poderia ter alcançado a maior votação.
Fez um mandato de cooperação, sensato, cordial, integrador, mas sempre com o intuito de evitar qualquer tipo de instabilidade política.
Será protagonista do primeiro Presidente da República a ter o melhor défice da nossa história, a ter a maior crise económica e social e isso deu-lhe um resultado aquém das expectativas antes da pandemia!
Terá um enorme desafio pela frente. Pois espera-o um mandato muito mais difícil, quer em termos políticos, económicos e sociais.
Politicamente terá um mandato de expectativa de estabilidade mas com 2 eleições no seu percurso (autárquicas e legislativas). Há muitas variáveis em cima da mesa, que devido à sua imprevisibilidade, tudo pode acontecer. Por isso será um mandato com mais decisões firmes e políticas que podem determinar a perda (ou não) da sua empatia junto dos cidadãos.
Economicamente vai ter em mão a maior crise económica alguma vez vivida. Bem como a recuperação da mesma que se pretende célere e livre de desigualdades. Os apoios estarão aí, vindos da UE, com vista à recuperação económica. Mas terá um enorme desafio na sua monitorização, para que alcance a justiça social, o investimento equilibrado e equipotencial por todo o território, não esquecendo a desertificação do interior! Aposta na transição energética para energias renováveis. O investimento na saúde, nomeadamente no SNS. O apoio à terceira idade. O apoio à criação de emprego, estimulando o setor empresarial. A aposta na educação e formação. O ambiente e A transição digital e outros! Será um dossier de grande expectativa para todos os portugueses.
Socialmente terá em mãos um percurso de grandes dificuldades que se advinham, fruto da pandemia que trouxe a distribuição de milhares de postes de trabalho e centenas de empresas, provocando em tantas famílias o colapso financeiro e de péssimas condições de vida.
Será um segundo mandato cheio de enormes desafios, que dependendo da evolução política, económica e pandémica, terá um mandato mais solto para poder decidir o que tiver de decidir!