Apesar de oficialmente ainda não estar confirmado por nenhuma das partes envolvidas, o Jornal Gaia semanário sabe que o promotor não cumpriu o que estava contratualizado. Após ter sinalizado a compra dos terrenos do Parque de Campismo da Madalena com o pagamento de 600 mil euros, terá falhado a entrega da garantia necessária à sua concretização, assim como um segundo pagamento. Cai assim por terra o megaprojeto tecnológico apresentado para aquele local, que iria gerar, entre outros, cerca de 15 mil empregos.
Contactado o fundo gestor do projeto, propriedade da Caixa Geral de Depósitos, foi-nos dito “não poder ser prestada qualquer informação ao abrigo da obrigação do sigilo bancário”, sendo que até ao momento, a autarquia, também ainda não respondeu as questões colocadas por correio eletrónico, remetendo para mais tarde uma tomada de posição.
Segundo apuramos, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia pondera agora avançar com o direito de preferência e aquisição dos terrenos, sendo que o Eco Parque do Atlântico, que será discutido na próxima reunião de câmara, poderá inclusive ter sido já pensado para aquele local, algo que, no entanto, carece ainda de confirmação.
O projeto agora sem efeito (Gaia Innovation City) implicava um investimento total de cerca de 700 milhões de euros, anunciava a criação de cerca de 15 mil empregos em várias áreas, garantindo a presença na Madalena de empresas como a Amazon, o Facebook, a Tesla, a Apple, a IBM, a Google, a Microsoft ou a Netflix.
Este projeto, que contava com o apoio e entusiasmo do executivo municipal, esteve desde início envolto em polémica, quer pelas dúvidas existentes quanto à sua concretização, como pelo valor da venda dos terrenos, muito abaixo do valor de mercado, aliado ao desconhecimento geral dos promotores e da sua capacidade para um projeto desta dimensão, algo que este desfecho apenas vem confirmar.