Sexta-feira, 4 Outubro 2024

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“O Clube Atlântico da Madalena é a minha segunda casa”

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Já são vastos os anos que o Clube Atlântico da Madalena leva a treinar jovens atletas na modalidade de ténis de mesa, considerada tão enriquecedora em vários aspetos.

Estivemos à fala com o treinador Serafim Vitorino, que treina ténis de mesa há cerca de 45 anos. Também foi jogador no Clube Atlântico da Madalena, durante 13 anos, porém, neste momento, vive para ensinar aos mais jovens o desporto que mais prazer lhe traz à vida.

A secção de ténis de mesa do Clube Atlântico da Madalena conta, atualmente, com 30 atletas inscritos. O treinador desabafa: “Nestes dois últimos anos, muitas modalidades foram prejudicadas e o ténis de mesa não ficou atrás. Podíamos ter 60 atletas e não temos, porque esses dois anos de pandemia dificultaram muitos as coisas e o treino em si.”

Esta é uma modalidade bastante enriquecedora para quem quer iniciar a sua prática. É estimulante desde o início e ajuda os jovens a treinar sobretudo a mente, não apenas o corpo em si: “desde memória, foco, agilidade, concentração. Não é por acaso que o ténis de mesa foi considerado a melhor modalidade, a nível mundial, para a doença alzheimer, estimula os jovens desde muito cedo. É uma modalidade que qualquer um pode jogar.”

O clube costuma receber atletas desde os 6 até aos 80 anos de idade: “Estamos abertos a toda a gente. Neste momento, temos atletas com cerca de 70 anos a treinar à noite”, declara Serafim. O treinador recorda ainda que também já treinou atletas com deficiência intelectual: “Já trabalhei com este tipo de atletas tanto a nível nacional como internacional. Temos um atleta no clube, que não sabia nem pegar numa raquete, hoje em dia já joga ténis de mesa. Todos os meus alunos gostam de jogar com ele.”

Bianca Borges e Tiago Couto têm 9 anos e são atletas do Clube Atlântico da Madalena no escalão sub-10. Tiago iniciou a modalidade por curiosidade, gostou e acabou por ficar a treinar no Clube Atlântico da Madalena, já a Bianca foi recrutada pelo treinador Serafim Vitorino enquanto estava na escola a fazer demonstrações de ténis de mesa.

Os dois jovens atletas já treinam há mais ou menos dois anos e conquistaram alguns lugares de valor, em muito pouco tempo. Isto só se deve à quantidade de horas que estas crianças dispensam por amor à camisola.

“Treino todos os dias. Antes das férias, quando acabava as aulas por volta das 15h, o professor ia buscar-me à escola e íamos diretamente para o treino. Estamos a falar de 3h e meia de treino”, refere Tiago Couto.

Neste momento, passam a maior parte do seu tempo com o ténis de mesa na cabeça e, Serafim Vitorino aborda o facto de um treinador ter várias funções para além de treinar: “Nós fazemos o papel de pais, professores, educadores, porque passamos muito tempo com eles. Eu costumo entrar no pavilhão do Clube Atlântico da Madalena às 15h30 e só saio por volta das 20h.” Ressalva ainda a ideia de: “O ténis de mesa é uma família, o Clube Atlântico da Madalena é a minha segunda casa” e que o seu maior objetivo é: “fazer homens e mulheres, ajudar a educar estes meninos e meninas. Muitos têm talento, outros não, mas nós vamos treinando sempre.”

Apesar de pequenos em idade, Bianca Borges e Tiago Couto já têm resoluções de futuro como gente grande.

A menina revela: “um dos meus maiores sonhos enquanto atleta de ténis de mesa é ir à seleção nacional e treinar num centro de alto rendimento.” Relembra ainda como foi a sua primeira vez a competir pelo clube: “foi num jogo amigável e fiquei em 3º lugar.”


A época no clube já está quase no fim, mas depois das férias merecidas, voltam aos treinos a 22 de agosto para iniciar a nova época. O treinador apenas deseja que estes atletas e o Clube Atlântico da Madalena tenham um futuro muito risonho. 

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