Domingo, 8 Setembro 2024

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Norte com excedente de 1,4 mil ME no 3.º trimestre de 2020

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A balança comercial de bens do Norte atingiu, em contexto de pandemia, um excedente de 1,4 mil milhões de euros no 3.º trimestre de 2020, resultante da recuperação das exportações e do aumento de dormidas.

“A balança comercial de bens do Norte atingiu no 3º trimestre de 2020 um valor superior em 14% ao do período homólogo de 2019, sendo necessário recuar até ao 1º trimestre de 2018 para se observar um saldo mais elevado na região”, descreve o relatório trimestral Norte Conjuntura, elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

De acordo com o documento, que apresenta as tendências da evolução económica na Região, no curto prazo, o excedente resultou de o valor das exportações de bens do Norte ter recuperado, no 3.º trimestre de 2020, para 5.4 mil milhões de euros, um valor “ligeiramente inferior” ao do trimestre homólogo de 2019.

De um modo geral, as exportações de bens observaram uma recuperação “muito significativa” face ao trimestre anterior, destacando-se as que foram feitas a partir das sub-regiões de Terras de Trás-os-Montes, do Alto Minho, do Cávado e do Alto Tâmega, que já ultrapassaram os valores do período homólogo de 2019.

Já as exportações a partir da Área Metropolitana do Porto (AMP) foram de 2.652 milhões de euros, menos 5,7% do que em igual período em 2019.

O relatório refere que, neste caso, existe “um equilíbrio entre o número de concelhos que registaram um crescimento homólogo das exportações e o número que observaram uma diminuição”.

Com uma retoma mais lenta, as importações de bens situaram-se em 3.961 milhões de euros, um valor inferior em 8,4% ao período homólogo do ano transato.

O documento revela ainda que, no 3.º trimestre de 2020, a taxa de desemprego da Região Norte aumentou para 7,9%, sendo que foi entre a população jovem (15 aos 24 anos) que a taxa de desemprego subiu, significativamente, situando-se 24,3%.

Os indicadores mostram também que os grupos mais desfavorecidos da população são os mais atingidos pelos efeitos económicos da crise pandémica.

Face a igual período em 2019, o número de empregos diminuiu, “principalmente, nos trabalhadores por conta própria (-5,6), nos jovens dos 15 aos 24 anos (-10,4%), nos trabalhadores com contrato de trabalho com termo (-13,9%) e nos trabalhadores não qualificados (-18,6%)”.

Na AMP, novembro de 2020 assinalou o terceiro mês consecutivo de decréscimo do número de desempregados registados, traduzindo-se numa variação de menos 5,3% face a agosto de 2020, mês no qual a sub-região viu o desemprego atingir o valor máximo no corrente ano.

Apesar da diminuição durante os últimos três meses, em novembro de 2020 o número de desempregados (77.297) suplantava, em 24,7%, o do mês homólogo de 2019.

O relatório revela ainda que, em agosto de 2020, em contexto de crise, as dormidas dos residentes nos estabelecimentos turísticos do Norte recuperaram significativamente para um valor praticamente igual (-0,4%) ao do período homólogo de 2019, contudo, a tendência de recuperação foi invertida em setembro e outubro.

No caso das dormidas dos não residentes, os indicadores revelam uma diminuição em 68%.

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