A iniciativa, apartidária e organizada espontaneamente nas redes sociais, procurou sensibilizar o poder político para as “dificuldades sentidas nas movimentações para o trabalho, escolas e consultas médicas”.
O ponto de encontro foi a Praceta 25 de abril, onde os manifestantes gritaram algumas palavras de ordem, mas pedindo sobretudo “soluções, soluções, soluções”.
Após um período de cerca de uma hora naquele local, seguiram em cortejo, ao som de Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso, até à PraÇa, onde entregaram uma petição explicativa do que reivindicam. Toda a iniciativa decorreu de forma pacifica e ordeira, não sendo necessária qualquer intervenção por parte da PSP, que foi acompanhando à distância.
Desde o passado dia 01 de dezembro de 2023, data em que entrou em funcionamento a UNIR, que as queixas nos transportes não têm parado, com milhares de pessoas a ficarem diariamente nas paragens, fruto da enorme falta de coordenação e informação, com supressão de horários, existência de outros completamente desajustados ao dia a dia das pessoas, com a maior das queixa a ser a inexistência de soluções tardias, para o regresso a casa, aliado ao facto de muitos dos veículos apresentarem condições de utilização e conservação abaixo do aceitável.
“Sou de Canelas e tenho que andar mais de 40 minutos a pé, ao frio e à chuva, para ir trabalhar”, dizia uma popular. Ao lado, o Sr. Manuel explicava que precisou “de fazer uns exames em Gaia, estive 50 minutos na paragem e como não passou o autocarro tive de vir de táxi. Foram 25€ que me vão fazer muita falta e ainda por cima no mês do Natal.” Contudo, o maior lamento era o facto de “estar pouca gente, precisamente por não terem tido transporte para vir”, dizia Rui Silva, completando que “parece brincadeira, mas é a verdade”.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Área Metropolitana do Porto, reconheceu um início complicado, mas diz “acreditar que tudo se resolverá a curto prazo”.