Deflagrou hoje um incêndio na Rua Luís de Camões no número 570, no centro de Vila Nova de Gaia. Os bombeiros foram chamados às 08:58, e rapidamente acolheram ao local 40 operacionais e 13 veículos, onde houve uma grande gestão de recursos e gestão das equipas, para o combate às chamas que deflagravam no prédio. Segundo declarações do Comandante Interino dos sapadores de Gaia, José Viana, revelou que tiveram duas preocupações e prioridades.
A primeira era perceber se alguém se encontrava no local do incêndio “e entramos em todos os estúdios, as pessoas que se encontravam saíram todas pelo seu pé, só tivemos de ajudar apenas um casal de idosos. A segunda prioridade era não permitir o fogo deflagra-se mais e extingui-lo junto do foco onde teve início. “Pelo que percebemos, o fogo começou, num dos estúdios, mas não se sabe até ao momento o que originou o incêndio”. A preocupação dos bombeiros era retirar toda a gente do edifício, para proceder ao combate às chamas. Uma vez retiradas as pessoas os bombeiros tiveram como segunda preocupação atacar as chamar para evitar danos maiores. O edifício estava todo remodelado, mas era construído com materiais muito inflamáveis, as paredes eram de pladur e o gesso.
O fogo ficou controlado às 9:40, o edifício tem 17 habitações (estúdios) no primeiro andar e outro estúdio maior, na cobertura, onde vivia um casal como declarou ao Jornal Gaia Semanário uma das moradoras do prédio.
“Foi uma tarefa difícil extinguir o incêndio, todos os estúdios tinham no seu interior extintores e detetores de incêndio”, referiu o Comandante Interino José Viana. Foi precisamente o detetor de incêndio que alertou uma das moradoras e prontamente telefonou ao senhorio e logo de seguida vieram ao local os bombeiros, “foi tudo muito rápido, só tive tempo de trazer uma mochila e até saí de pijama, estou com roupa emprestada de uma vizinha da rua”, revelou-nos Érica Gomes, de 45 anos.
No local estivemos a “auscultar” os moradores que se encontravam na via pública, a observar o incêndio, e os bombeiros a combater o fogo e desabafaram com o Gaia Semanário sobre o sucedido “tivemos que sair coma roupa do corpo, não deu para trazer nada”, desabafa Ricardo Ferreira de 37, vivia no prédio, “o incêndio penso que começou no rés-do-chão. Na casa das máquinas, e rapidamente se propagou, só tive tempo de sair”. Esta informação foi posteriormente retificada e segundo o comandante Interino, José Viana, o fogo começou numa das habitações do interior do prédio, o Comandante disse que o prédio é muito estreito, mas muito comprido, e o incêndio começou no interior de uma dessas habitações e rapidamente se propagou. O prédio estava todo remodelado no seu interior, mas os materiais eram muito inflamáveis.
Outro morador, José Albuquerque de 46 anos, vivia lá desde agosto de 2021. Não sabe o que se passou, “vinha do trabalho, trabalho à durante a noite e deparei-me com isto, não sei se o meu estúdio está intato ou não, só tenho comigo a roupa do corpo, todas as minhas coisas ficaram lá dentro, roupas, documentos, tudo”.
Érica Gomes também era moradora, contou-nos como tudo se passou, “foi tudo muito rápido, ouvi o alarme de incêndio a tocar e vi fumo que parecer que vinha da casa das máquinas, só tive tempo de telefonar ao proprietário, peguei numa mochila e saí o mais rapidamente possível, os bombeiros chegaram minutos após ter telefonado. Vim de pijama, estou vestida com roupa que uma vizinha da rua me emprestou”, refere esta moradora.
Pelo meio-dia, o incêndio estava completamente extinto, e o Comande Interino revelou que já estava em fase de rescaldo, ainda lhe perguntámos o que iriam fazer com as pessoas desalojadas, uma vez que ficaram com todos os seus haveres lá dentro, e era impossível, nos próximos tempos voltar a morar naquele prédio. O Comandante garantiu que as entidades competentes já estavam ao corrente da situação, e todas as pessoas iam ser acolhidas. Não houve feridos neste incêndio, nem baixas, para bem de todos.