Fevereiro de 2022, a invasão da Ucrânia, já se antevia há vários dias. As tropas russas não paravam de fazer manobras na fronteira com a Ucrânia. “O Ocidente está a ficar histérico”, dizia Vladimir Putin no púlpito do Kremlin, em Moscovo. O Mundo ainda estava um pouco baralhado com as manobras na fronteira com a Ucrânia, e uns dias antes da invasão, Bolsonaro foi ao Kremlin, e Putin assegurou-lhe que não ia haver nenhuma invasão, eram apenas manobras militares.
E o mundo continua a observar, expectante. A NATO já não estava a “gostar” do que via, e alguns dos países da Organização do Tratado Atlântico Norte, antes e durante a invasão, forneciam à Ucrânia armas e outros materiais. Os Estados Unidos e o seu Presidente, Joe Biden, ofereceram-se para retirar da Ucrânia o Presidente, mas este retorquiu com um “Preciso de munições, não de uma viagem”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sexta-feira (25 de fevereiro), ao rejeitar a oferta dos Estados Unidos para retirá-lo da Ucrânia.
A invasão da Ucrânia deu-se no dia 24 de fevereiro, pelas 03:30 da manhã, hora local em Portugal Continental. “Fomos apanhados desprevenidos, estávamos a dormir e acordamos com o som das sirenes e dos bombardeamentos”, afirma um cidadão ucraniano, às televisões Internacionais.

Após o reconhecimento russo das autoproclamadas República Popular de Donestsk e República Popular de Luhansk, nos dias anteriores à entrada das Forças Armadas Russas na região de Donbas, no leste da Ucrânia, os russos entraram pela Ucrânia e a invasão deu-se perto de Kharkiv já era uma realidade, a que o Mundo se dizia por um lado perplexo e por outro de uma indignação total.
As manifestações contra a invasão russa dão-se um pouco por todo o lado, incluindo na Rússia, e os moscovitas também aderiram às manifestações, viam-se pela televisão polícias a prenderem manifestantes, mas isso não dissuadiu outros manifestantes que continuavam na manifestação contra a guerra e contra Vladimir Putin. Estas ações não são bem vistas por parte de Putin que as considerada uma afronta, e os manifestantes incorrem numa pena de prisão até 3 anos.
O resto do mundo não podia encarcerar, mas as ameaças eram muito fortes e o discurso era bem duro “cuidado com o que vão fazer, ou vão ver o que na vossa história nunca viram antes”, ameaça Putin, e as golpadas de discurso áspero eram acento tónico de Putin.
A invasão russa recebeu condenação de países da União Europeia, da qual Portugal se inclui, na ajuda humanitária e envio de tropas para a Polónia, além de Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Japão, impondo sanções contra a Rússia.
A guerra das sanções
Protestos foram reportados, incluindo manifestações antiguerra na própria Rússia, que foram respondidas com prisões em massa. Vários países manifestaram a sua condenação à invasão, como também procederam com novas sanções à Rússia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a partir de três frontes principais, relatórios informam que as tropas avançaram a partir do norte na direção de Kiev, a capital ucraniana; do leste por Donetsk, Luhansk e Kharkiv; e da Crimeia no sul. Donetsk e Luhansk são duas regiões separatistas pró-Rússia, cuja independência Moscovo reconheceu em 21 de fevereiro.
Por volta das 6 horas da manhã, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma operação militar com o objetivo de “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”; minutos depois, ataques com mísseis começaram a atingir locais em todo o país, inclusive perto da capital Kiev.
Confirmou-se que as forças russas invadiram a Ucrânia perto de Kharkiv, entrando pela Rússia, Bielorrússia e Crimeia ocupada pelos russos. Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia, localizada perto da fronteira com a Rússia. E serve de corredor para chegar a Kiev.
Neste momento as tropas russas estão a 20 quilómetros de Kiev. As sanções começam a surtir algum efeito, mas “Moscovo diz que ainda tem folga de manobra”. Segundo avançou fonte na SIC Notícias.
As Nações Unidas confirmam 836 mil refugiados na Ucrânia. As sanções por parte dos países da NATO e dos Estados Unidos continuam numa escalada, a Google, o Meta, o Twitter e a Apple já anunciaram cancelamento de negócios com a Rússia. A Bolsa de Moscovo continua fechada ao terceiro dia consecutivo.