O Gaia Semanário esteve à conversa com Cristiana Pereira, a Presidente do Rancho Folclórico da Madalena e confidenciou-nos um pouco sobre o Rancho e a sua atividade como agente lúdico que ajuda a combater um pouco a solidão de algumas pessoas e as dificuldades sentidas no período do isolamento devido à Covid-19.
O Rancho Folclórico da Madalena é composto por 40/50 pessoas, e compreende crianças dos 2 anos até aos mais maduros de 86 anos. É um grupo maioritariamente jovem, que compreendido entre os 15 até aos 50 anos.
Cristiana Pereira é Presidente, desde 2018 após o seu pai Carlos Pereira sessar funções. O Rancho Folclórico não tem espaço físico próprio, “ensaiamos na Escola EB2/3 da Madalena”, e também pernoitam por lá quando vêm outros grupos de fora. Durante a pandemia “tivemos que cumprir com as regras da DGS, fizemos lá o 103º aniversário, e tivemos que desinfetar a escola, foi uma boa experiência”.
Cristiana Pereira para além de ser Presidente da Direção, é também ensaiadora, tenta distribuir tarefas para obter melhores resultados. Neste momento “estamos parados e vamos reiniciar em março”. “Tomamos esta decisão porque há pessoas que estão inoculadas e já garante segurança para todos, daí reiniciarmos em março”.
Realizam todas as atividades de cultura e lazer, “quando nos juntamos” todas as sextas-feiras, “e por lá ficamos, aproveitamos para conviver até mais ou menos à meia-noite”. Durante a pandemia “ouvia muitas queixas da falta do convívio”, “onde se fala sobre tudo e sobre nada”. Esses pequenos momentos, encontros de lazer “fazem falta”. As queixas foram gerais, estavam fartos de estar em casa, psicologicamente mais debilitados. “Conhecemo-nos bem” uns aos outros, e “estarmos no rancho é sempre um momento de relaxamento”. Antes do Natal, quando as restrições estavam um pouco mais aliviadas, “tivemos o magusto, e a festa dos vinte anos do Rancho, conseguimos fazer a festa e contamos com toda a gente”.
Também viajam muito de Norte a Sul do país para estarem presentes em festas ou eventos culturais, e já foram convidados por vários grupos folclóricos, e por Juntas de Freguesia, “fazemos angariação de fundos, os nossos associados e a Junta de Freguesia deu-nos o apoio do Covid”, que é nada mais do que “Fundo de Emergência Covid-19, apoio às Associações locais”. A Câmara Municipal de Gaia também “nos dá sempre muito apoio, não só moral como monetário, e outros grupos também se preocupavam connosco”.
Em agosto passado tiveram um convite para irem aos Açores, “mas por causa da pandemia não fomos”. Temos vários encontros e iniciativas marcadas. “O nosso festival folclórico dá apoio de solidariedade, a nível financeiro e comida. Já temos o nosso programa estruturado, a nossa noite de fados e de apoio de cariz social, estamos a trabalhar neles.”