Uma equipa internacional de investigadores, entre os quais cientistas das universidades de Aveiro, de Coimbra e Nova de Lisboa, mediu o raio do núcleo atómico do hélio com “um nível de precisão sem precedentes”.
Utilizando muões (“partículas semelhantes aos eletrões e cerca de 200 vezes mais pesadas”), as experiências foram realizadas no Paul Scherrer Institut (PSI), na Suíça, que é “o único centro de investigação do mundo capaz de produzir uma quantidade suficiente de muões para esta investigação”, indica a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.
Os resultados serão publicados na quinta-feira na revista científica Nature.
A seguir ao hidrogénio, o hélio é o segundo elemento mais abundante no universo, sublinha a UC.
“Cerca de um quarto dos núcleos atómicos que se formaram nos primeiros minutos após o Big Bang eram núcleos de hélio. Eles são constituídos por quatro blocos de construção: dois protões e dois neutrões”.
Do ponto de vista da física fundamental, é “crucial conhecer as propriedades do núcleo do hélio para, entre outros, entender os processos de outros núcleos atómicos que são mais pesados do que o hélio”, sustenta a UC, no mesmo comunicado.