A CICO é o Centro Internacional do Carrilhão e do Órgão, e o Lvsitanvs é o carrilhão que é composto por 63 sinos e com um peso bruto de 15 toneladas, foi construído na Holanda, e tem morada em Constância, entre o Entroncamento e Abrantes.
Ana Elias, Sara Elias e o seu pai Alberto Elias, fundaram a CICO, para poderem concretizar um sonho antigo. Ana e Sara “são as únicas irmãs no mundo a tocar carrilhão a quatro mãos”.
Ana Elias é Membro da direção da Associação da CICO, a irmã Sara, vive no estrangeiro e já não é tão ativa no que toca a concertos em Portugal ou no estrangeiro. E quando falamos estrangeiro, queremos dizer, quase toda a parte do mundo.
Já tocaram nos Estados Unidos, toda a Europa, Nova Zelândia, Austrália, há exceção de países asiáticos. Quando dão concertos no estrangeiro não tocam no seu carrilhão, tocam em carrilhões desses países, há exceção de Barcelona em que se deslocaram com o carrilhão de Constância até Barcelona, e lá realizaram o seu concerto.
Em conversa com uma das irmãs, Ana Elias, ao Gaia Semanário, confidenciou-nos, alguns dos obstáculos que tiveram que passar até conseguirem fundar a CICO, bem como os concertos que mais guardam na memória.
Um sonho tornado realidade
A ideia surgiu em 1988 na Bélgica, “quando vimos um carrilhão itinerante”. A ideia foi amadurecendo conforme iam tocando em vários sítios, mas as irmãs queriam o seu carrilhão para divulgarem a música. Em 2004 ganharam o Prémio Milénio Sagres Expresso, com um prémio de 50 000 euros, tinha Ana 30 anos, e pensava que já poderia concretizar o seu sonho, mas o valor era insuficiente.
Tentaram fazer uma fundação, mas não foi possível. Criaram então a CICO em 2011, em Constância. Do centro puderam obter 200 mil euros, mas continuava a ser insuficiente, tiveram que pedir um empréstimo bancário de 69 000 euros, “que ainda estamos a pagar” refere Ana Elias.
Inauguraram o carrilhão em 2015. O projeto é português, mas foi na Holanda que ele foi fabricado, pois em Portugal não há materiais para poder construir um carrilhão.
Em 2017 “fomos até Barcelona com o Carrilhão”, e em Portugal já percorreram o país todo.
Participaram num congresso da federação mundial de carrilhões em 2017.
De todos os concertos os que mais as tocaram foram dois, “um desses foi tocarmos para o dia do exército em 2017, em Sta Margarida na Coutada, num evento de estado” o outro concerto foi “em Oleiros, tocamos com fogo de artifício, um quarteto de cordas, uma banda de Rock, e o Gamelão da Casa da Música”.