Decorreu no dia 15, Sexta-Feira Santa, a “Caminhada pela Paz”, onde participaram cerca de 800 pessoas. “Esta é uma das caminhadas que gostaríamos de não ter feito”, refere o Padre Almiro Mendes. Porque isso significaria que não tinha começado uma guerra trágica, para o povo da Ucrânia e para a humanidade, com consequências a todos os níveis.
Mas como não há ideais e o possível, o possível é uma guerra, “em boa hora pensámos esta caminhada. De todo o País e até do estrangeiro, crianças, muitos jovens, foi algo que nos admirou, a alta participação”, desde crianças a rondar os cinco anos, muitos jovens, pessoas adultas e pessoas de idade combalidas, “até de canadianas caminharam pessoas com mais de 80 anos.”
“Participou quem tinha fé, e quem não a possuía, pessoas de grupos de futebol rivais, todos se uniram na mesma causa, este imperativo pela paz, para a Ucrânia e para a Humanidade”, disse o Padre Almiro Mendes um dos organizadores do evento. “A ideia partiu de mim, mas depois quem organizou o evento foram quatro homens e duas senhoras.”
A caminhada saiu do santuário da Nossa Senhora da Urtiga, que de carro fica a quatro quilómetros de Fátima, mas a caminhada, ao todo, foi de sete quilómetros.
Houve uma liturgia, seguida das atuações dos cantores Miguel Bandeirinha e Isabel Silvestre, depois houve uma homenagem às crianças mortas na guerra da Ucrânia, declamação de textos, largada de balões, esculturas dedicadas ao tema “Protesto pela Paz”.
Depois, caminharam sete quilómetros e meio, pela ecovia que vem do santuário da Nossa Senhora da Urtiga, para a igreja paroquial de Fátima. Chegados à Capelinha das Aparições, houve uma paraliturgia de meia hora, e toda a gente ficou “encantada”.
“Como era Sexta-Feira Santa, nós achamos que faria sentido fazer uma oração a Cristo, que morreu à mão da maldade humana.” O santuário de Fátima é um santuário de paz, então julgámos que seria ideal terminar na capelinha das aparições.