Sexta-feira, 13 Dezembro 2024

#informaçãoSEMfiltro!

Arcozelo: Quando o circo vem à vila

-

Em 2017 surgiu uma necessidade de tornar a Junta de Freguesia de Arcozelo, ponto de referência cultural e centro de encontro entre as artes e quem consome arte. “A aposta foi ganha” e o “Circus Village Festival” convenceu logo desde início os Arcozelenses, rendidos aos encantos da arte circense e não só, vindo a “dar cartas” desde 2018.

Em conversa com a Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo, Maria Adelina Pereira, falamos sobre o “Circus Village Festival”, e anecessidade/vontade que a Junta de Freguesia tinha, de querer fazer marcar a diferença. 

“Quando entramos na Junta, em 2017, queriamos um evento que marcasse um pouco a nossa terra, que fosse a imagem da terra. Temos as nossas festas tradicionais, mas ao nível da Junta de Freguesia queríamos fazer um evento diferente, e criar uma nova dinâmica, porque aconteciam poucas coisas em Arcozelo.” 

Encontraram a escola do INAC (Instituto Nacional de Artes e Circo) de Famalicão, e em parceria com eles, começaram este projeto. Em 2018, tivemos a primeira edição, e “foi um sucesso total”. Criou-se a imagem de uma vila, que de um momento para o outro tinha gente por todo o lado, chegando mesmo a estarem acampados nas ruas. 

Toda a dinâmica criada levou os Arcozelenses a alojar as pessoas que vinham de fora, os negócios e empresas começaram a colaborar, através de patrocínios, e criou-se uma onda de “boas vontades” que colocou todos a trabalhar num só sentido. 

“Vieram pessoas de todo o lado com a ajuda da internet, que ajudou muito. Tivemos a presença de muitos estrangeiros e tanto 2018 como 2019, foram anos muito bons. Depois veio a pandemia e tivemos que parar”. 

Este ano foi o retomar da atividade e uma das novidades, foi a praça da alimentação, juntando-se depois alguns espetáculos fora da tenda, que estava tão cheia que já “era impossível entrar”. 

“Foi um recomeçar, se calhar menos ambicioso, porque não sabíamos o que nos esperava. Mas foram três dias (16,17 e 18 de setembro), de verdadeiro sucesso”. 

Foi um espetáculo “muito interessante e que nos dá muito orgulho em ter”. As pessoas já nos perguntavam se o Cupula (Circus Village Festival) ia acontecer, “e de facto aconteceu”. Foi um regresso muito aguardado. A ideia é por o espetáculo localizado no centro da Freguesia, mas ter pequenos acontecimentos noutros pontos da Vila. 

“Não é um circo tradicional”, bem pelo contrário. Tem música, teatro, representação, e encenação. É uma variedade de artes que estão ligadas. “Há sempre uma história que se conta, não é uma perspetiva de circo de outros tempos. Parece uma pequena versão do Circo du Soleil. Não tem as mesmas dimensões, mas é um pouco dentro dessa linha”, descreveu a autarca. “Estamos contentes com a aposta que fizemos e é para continuar”. 

partilhar este artigo