Jorge Cardoso, treinador de kickboxing da Academia de Futebol de Perosinho, vem falar-nos sobre a modalidade que é um pouco desconhecida por muitos. Em entrevista ao Gaia Semanário, vem confidenciar-nos sobre a sua vida profissional, o kickboxing, e como tudo começou e como encara a modalidade na sua vida e no seu dia-a-dia.
Desmistificou alguns receios que muitas pessoas têm em relação ao kickboxing, nomeadamente o contato, porque é maioritariamente uma luta de combate corpo a corpo, mas também é possível fazê-la sem contato. Jorge Cardoso explica que a modalidade pode ser feita com o saco de box, e com outros exercícios que ajudam a trabalhar o corpo, e manter a forma física.
Começou em 2007, entretanto, em 2009 ingressou na competição e em oito épocas, conquistou oito títulos regionais de Kickboxing, quatro títulos nacionais e um título nacional de Muay Thai, acaba por chegar à seleção onde fica a uns escaços dois pontos da medalha de bronze. Isto tudo só é possível com muito trabalho, diariamente, até nos dias de descanso, e uma alimentação adequada. Iniciou o Kickboxing num ginásio em Canelas, “via os combates na Eurosport e na Sport TV e o bichinho” ficou e deu início em 2007. Depois transitou para a cidade do Porto e começou a competir em 2009. Apaixonou-se pelo kickboxing, treinava seis dias por semana, “era sair do trabalho e treinar e só depois é que ia para casa”, refere o treinador.
“Recordo-me da primeira vez que fui combater, foi um misto de sensações, até sonhava que estava a combater. Não consegui a medalha de bronze por dois títulos e recordo-o não com mágoa, pois estava com um pé lesionado, se calhar até conseguiria chegar às meias-finais, esforcei-me e trabalhei muito, mas não foi possível.”
A Academia de Kickboxing nasce em Perosinho, em junho de 2021, e tem alunos dos cinco aos 52 anos. Tem famílias completas a treinar, inscrevem os filhos e acabam por inscrever-se os pais também. É um grupo muito diversificado, há grupos só de mulheres, aulas de grupo, com vários escalões. E há o treino sem luta corporal, fazem um treino específico, sem contato, com o saco de box e o trabalho cardiovascular.
O material necessário
Há o mito de que praticar kickboxing é uma modalidade cara, mas Jorge Cardoso desmistifica-o. “Não é uma modalidade cara, é claro que tem que se comprar o equipamento, a boquilha, um par de luvas, um par de caneleiras e ligaduras para proteger os pulsos. É como no futebol, também têm que comprar o equipamento, as caneleiras, as sapatilhas. Exige um pequeno investimento como qualquer modalidade.” Assim, não existem desculpas para não praticar este desporto.
