O Rancho Folclórico do Olival celebrou no dia 5 de abril o seu 37º aniversário. A data foi celebrada no dia 9 de abril, sábado, devido ao dia do aniversário coincidir com um dia de semana. O Gaia Semanário esteve à fala com a Presidente do Rancho, Maria José Costa, que nos falou sobre os primórdios da Associação e como se desenvolveu nos últimos 37 anos de existência. A Presidente começou por falar que o “Rancho Regional do Olival, o aniversário é no dia 5 de abril, mas nós temos por hábito fazer no fim de semana seguinte este ano calhou no dia 9 de abril.”
O grupo nasceu há 37 anos, na sequência de uma situação menos favorável da direção, entretanto formaram-se dois Ranchos, existe um outro Grupo Folclórico do Olival, só que, depois das negociações, nasceu o Rancho Folclórico do Olival, no dia 5 de abril de 1985.
“Demos continuidade à coletividade, tínhamos muita gente, e dedicamo-nos essencialmente ao Folclore, durante o nosso percurso já tivemos outro tipo de atividades, nomeadamente, escola de instrumentos de cordas, artesanato, danças de salão, e tivemos algo ligado ao desporto, apesar de não se ter dado continuidade. Mas a atividade principal é o folclore, é a motivação maior da coletividade, somos federados, estamos na federação de Folclore português desde 1987, e continuamos a existir com algumas dificuldades como em todos os grupos, e este ano fizemos o nosso 37º aniversário.” refere com orgulho Maria José Costa.
“Estivemos parados dois anos, iniciamos a nossa atividade agora em fevereiro e tivemos uma nova lista para a direção, fizemos a nossa assembleia geral para fazer a lista da nova direção para mais quatro anos, e depois iniciamos a atividade em março. A atividade teve na sua maioria os componentes, cerca de cinquenta componentes, e decidimos fazer o aniversário, uma vez que não o fizemos nos últimos dois anos, porque estivemos parados durante a pandemia.”
“O aniversário foi feito maioritariamente para a coletividade, os componentes, mas também tivemos os autarcas presentes e tivemos alguns convidados da dança de salão, atividade que estamos a pensar ativar outra vez, algumas pessoas que patrocinam o grupo e alguns amigos e a autarquia.”
“Tivemos à volta de 80 pessoas presente no aniversário, começou com uma missa no dia 5 de abril (no dia certo do aniversário), também fizemos uma pequena homenagem a um dos nossos componentes que era da criação da coletividade, o Sr. António Martins, era um dos fundadores, um componente muito ativo na coletividade, que já faleceu, fizemos uma pequena homenagem, e depois fizemos um jantar de aniversário, no dia 9 de abril.”
“Atualmente estamos com um contrato de compra e venda, estamos a pagar já as instalações, desde 2021, mas já adquirimos sede própria, e fica em S. Miguel no Olival.”
A presidente da coletividade, Maria José Costa, também adiantou que têm várias atuações, mas na sua maioria não são remuneradas, “durante o ano temos em média umas 20 atuações, a grande maioria delas, 50% não são remuneradas, e fazemos habitualmente em Centros de dia, lares, escolas, representações de desfolhadas, em suma, representações que nos pedem para fazer. A maior verba que permite a sustentabilidade do Grupo, que não foi possível estes últimos dois anos, é as duas Festas das Janeiras que à altura nós conseguimos foi a maior verba para juntar às atuações remuneradas. O Rancho tem entre 50 e 55 componentes, mais os outros associados ronda os 70/80 sócios. “O elemento mais novo, é filho de um dos nossos componentes que tem três anos, e o mais antigo, o mais velho, é o meu pai que tem 85 anos.”
Atuações dentro e fora do país
“Já tivemos solicitações para ir atuar ao estrangeiro, mas são deslocações muito caras, já fomos duas vezes a Espanha e aos Açores (apesar de não ser estrangeiro, foi fora do continente). Já fomos convidados para ir a França várias vezes, apesar de termos sido convidados, as condições financeiras não nos permitem fazer essas deslocações porque são muito caras, e nós não fazemos isso habitualmente.”
Vivem das atuações remuneradas, das Janeiras e dos sócios, estas atuações podem ser de norte a Sul do país, mas geralmente não fazem fora no concelho ou do distrito, atuações remuneradas porque isso implica uma verba muito grande para os transportes, e “esse tipo de atuações quase não compensam, quando somos convidados para ir a atuações fora do distrito essas atuações quase não dão para a despesa do transporte.”
“Nós estávamos sediados, desde 2001, no bairro social do Olival. Desde que fomos para lá fizemos um trabalho comunitário, a anterior Presidente a D. Adelaide, fez um trabalho comunitário muito importante no bairro, nós fomos para lá quando o bairro abriu, e tivemos uma intervenção social muito ativa, a nossa ida para lá foi vantajosa nessa área, porque fomos socialmente muito ativos, muita intervenção social.”
“Mas no grupo tivemos um grande declínio, porque o bairro trouxe algumas dificuldades, em termos de componentes para se associarem ao Grupo, e por serem um bairro um pouco problemático, também tivemos alguns problemas na aquisição de sócios, agora com esta mudança, na nova sede, esperamos que as coisas mudem.”
No início de março, “estamos a ativar a parte das cordas outra vez, (aulas de instrumento de corda) estamos a fazer artesanato, que era uma das atividades quer nós fazíamos para vender, para angariação para o grupo. Estamos a iniciar um conjunto de atividades, e esperamos conseguir com a nova sede, pôr em andamento outras atividades que possam ajudar o grupo ativamente.”
A Presidente quis reforçar a ideia da homenagem “muito bonita” que fizeram a um dos componentes mais antigos que faleceu e queria, também aqui deixar a sua homenagem ao Sr. António Martins.